A história de Dayana Kelly pode ser confundida com a de milhares de mulheres brasileiras. Durante 14 anos, ela foi vítima de agressões físicas e psicológica do próprio companheiro.
Privada de trabalhar e de estudar, Dayana decidiu pôr fim ao relacionamento. Mesmo fora de casa, continuou sofrendo com o ciúme do ex-companheiro, que a tratava como sua propriedade.
Corajosa, denunciou seu agressor. O ex-companheiro chegou a ser detido por descumprir a ordem judicial de não se aproximar dela, mas logo foi solto.
A perseguição, o temor e a sensação de insegurança deixaram novas marcas, entre elas depressão, síndrome do pânico e fibromialgia. Dayana cogitou desistir da vida, mas conseguiu forças e se reencontrou enquanto mulher a partir do atendimento que recebeu na rede pública de saúde do Distrito Federal.
Durante o processo de recuperação, Dayana seguiu em busca do resgate de si mesma. Voltou a estudar. Contrariando e vencendo as dificuldades, fez um curso técnico de enfermagem e foi aprovada no concurso da Secretaria de Saúde.
Hoje, ela trabalha no Posto de Atendimento às Vítimas (PAV) Azaleia, que fica no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). De vítima, passou a empoderadora de outras mulheres. É a partir da sua própria história que Dayana resgata e ajuda outras mulheres a saírem da situação de violência.
Para ela, “Juntas somos mais fortes”. Dayana é um exemplo de luta, de força, de coragem e de sororidade.
Que possamos, como ela, trabalhar de mãos dadas e juntas contras qualquer tipo de violência contra nós, mulheres!
Texto e fotografia: Ísis Dantas Revisão e edição de texto: Kelly Almeida
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