A imagem refletida no espelho é de uma mulher forte, que nos mostra que é possível recomeçar. Maria, nossa primeira retratada, traz, no corpo e na alma, as marcas das agressões que sofreu, mas nada que tire o brilho do seu olhar, sua vontade de vencer e de ajudar ao próximo.
Ela, literalmente, transformou sua dor em força e no auge dos seus 65 anos reescreve sua história, agora como protagonista.
Durante quase 20 anos, Maria sofreu diariamente agressões físicas e psicológicas. Empurrões, tapas, xingamentos, humilhações. Tudo praticado por quem Maria aceitara dividir uma vida na capital do país, longe de uma pacata cidade no interior de Minas Gerais, onde nasceu e foi criada pelos tios e avós.
Na tentativa de se livrar do relacionamento abusivo, ela estudava e trabalhava. O basta chegou no dia em que foi jogada em uma mesa de vidro e sofreu um corte no braço. A cicatriz da violência ela carrega até hoje, mas a série de agressões ficou para trás.
Há 27 anos, Maria encontrou um novo companheiro. Foi mãe pela terceira vez. Mesmo separada e com o novo companheiro, chegou a ser perseguida pelo ex-marido, mas, com o tempo, o martírio acabou. Hoje, ela vive uma vida feliz, confortável, com amor e respeito.
Aposentada, Maria hoje curte a vida. Mudou os cabelos, que sempre foram longos, fez tatuagens e resolveu fazer o que antes parecia impossível: viver a vida com plenitude, sem mágoas. Seu lema é sempre seguir, provando a si própria e ao mundo que ela pode. E realmente, ela pode tudo.
Foto: @isisdantasfotografia Texto: Isis Dantas e Kelly Almeida
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