Quem vê a mulher poderosa que posa para as fotos não imagina que ela já foi vítima de violência doméstica. Dayana Kelly tem 38 anos, é servidora pública, mãe de dois adolescentes – um rapaz e uma moça– e já engrossou as estatísticas de violência contra a mulher no Distrito Federal.
Por mais de uma década, ela sofreu os efeitos devastadores de violências físicas e psicológicas cometida pelo ex companheiro.
A vida de Dayana só começou a mudar quando ela decidiu denunciar seu agressor, rompendo o ciclo de violência fruto de um relacionamento abusivo. A coragem e a força chegaram após 14 anos de sofrimentos, agressões físicas e muitas humilhações.
A coragem para denunciar chegou com o amparo da Lei 11.340/06, intitulada Lei Maria da Penha e considerada um marco no combate a violência contra a mulher. O apoio que Dayana recebeu na Delegacia da Mulher e na Promotoria de Justiça foi, segundo ela, fundamental para a dar início ao grande processo de mudança que aconteceria em sua vida.
Passados os tramites legais, Dayana recebeu apoio do serviço de atendimento de vítimas de violência, onde foi acompanhada por mais de quatro anos.
Hoje, ela reestruturou a vida. Se intitula, com sorriso cheio de orgulho, uma mulher livre, dona de si e que busca ajudar outras mulheres que sofreram como ela. Ela não apenas rompeu o ciclo de violência como trabalha num Programa de Atendimentos às Vítimas (PAV), da Secretaria de Saúde. Dayana Integra o PAV Azaleia, que funciona nas dependências do Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
Para Dayana Kelly, a missão dela nesta vida é ajudar outras mulheres que sofreram ou ainda sofrem com qualquer tipo de violência, seja física, psicológica ou patrimonial.
A caminhada de Dayana é traçada a partir de um importante lema: “Existe vida após os episódios de violência. As vítimas podem criar novos enredos, repletos de vida e dignidade”.
Projeto Marias da Penha Foto e texto: Ísis Dantas Revisão: Kelly Almeida Modelo: Dayana Kelly
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